storytelling


Review da demo do EPOCH

Com o nosso programa de demos e playtesters do EPOCH, recebemos um review em especial que gostaríamos de publicar, ele é de nossa correspondente Rita Xavier, e eis ele na íntegra:

EPOCH é com certeza um ótimo sistema para jogar RPG. Isso é unanimidade entre o pessoal da internet em fóruns que li sobre o mesmo. Claro que nessa nova versão vemos algumas coisas que poderiam ser melhoradas, mas disso vamos falar mais tarde, o que é certo é que se você quer terror, no EPOCH você vai ter.

Quando recebi o PDF da nova versão a primeira coisa que vi foi o conjunto de cartas. Claro que ainda faltam as artes, mas vejo uma grande promissão nesse conjunto: é fácil de entender, é fácil de compreender e é um facilitador do jogo em si, o que é bem difícil de acontecer em alguns sistemas antigos de RPG de mesa – na minha opinião, a maioria deles as cartas são um jeito de tirar a autonomia do jogar, o que definitivamente não acontece aqui.

Agora vamos ao que interessa: o sistema.

Recebi dois arquivos de PDF, um introduz o jogador ao sistema e um que introduz o mestre (e também o jogador mais interessado) ao jogo e dá um cenário em sand-box como parâmetro de jogabilidade.

O negócio é bem mastigado, você pode sem dúvida ser um novato em RPG e começar a jogar com o EPOCH sem nenhum grande problema. O diferencial é o sistema card-based que faz com que os parâmetros possam ser seguidos por todos sem que hajam brigas, comuns nas mesas de RPG, sobre atributos de personagens e decisões a ser tomadas no meio do jogo.

O que me deu uma certa intrigada ao ler o sistema foi que os personagens são previamente escolhidos pelas cartas que você tira (se sou parente, amigo, colega de trabalho, etc.) no jogo. Claro que depois me veio o estalo: “Claro! É um sistema card-based, então é melhor que seja assim. Sem dados, baby.” O que é certo é que depois de terminar de ler é que as cartas facilitam pra todo mundo, até pro mestre. E mestre sofre, então o que vier pra facilitar a vida chega de bom grado pra todo mundo.

Relacionamento: Amigos

Cartas de relacionamento – amigos

No parâmetro de cenário é tudo bem explicado para o mestre conduzir o jogo: temos introdução, temos a história pré-cenário, temos as reviravoltas e os parâmetros para chegar à uma grande decisão de reviravoltas para a história. Tem gente que acha que isso engessa o jogo, eu digo: NÃO! Isso ajuda! É claro que os antigões em RPG torcem o nariz, mas é porque ainda não experimentaram. Vamos levar da seguinte maneira: quanto mais mastigado temos o sistema, mais tempo e paciência temos para deixar a história do nosso jeito. Sem preocupações em entender coisas ininteligíveis, sem chateação de ficar pesquisando coisas que não conseguimos compreender. Mais tempo de jogar, mais tempo de relaxar os jogadores conduzidos ao jogo. Outro diferencial que adorei nessa versão do EPOCH foi os métodos de introdução e relaxamento pro mestre fazer para os jogadores: genial!

De outros pontos, nada de especial eu observei.

rawr!

rawr!

Então, chegado ao fim do review deixo meus prós e contras sobre a leitura e compreensão que tive dessa versão do EPOCH:

Prós: tudo tem suporte. Todo mundo tem suporte. Jogador, mestre, e até quem tá de fora. Isso nos dá certo tempo e maior criatividade para conseguir jogar uma aventura com mais reviravoltas e menos decisões complicadíssimas a serem tomadas.

Contras: Talvez alguns ortodoxos em RPG não gostem do sistema por causa das cartas, mas isso vai de cada um. O que pode rolar é alguma tensão entre os jogadores por causa de algumas cartas, mas daí vai de cada um. Para mim facilita o negócio de não ter dados, mas para alguns isso pode ser um verdadeiro inferno.

Conclusão: EPOCH definitivamente não é tradicional. É tipo jogar, ler, estudar para saber. Somente ler faz o negócio parecer mais fácil do que os sistemas de RPG tradicionais, e me dá muita vontade de jogar com um grande grupo para ver as reações. Para mim foi uma grande experiência ler tudo isso, e com certeza será melhor ainda quando tudo estiver pronto e cheio de artes bonitas para jogar!

Experimentar coisa nova sempre é legal. Vamos deixar os preconceitos de lado e ver coisas novas, pessoal. Comece com o EPOCH e não vão se arrepender de jeito nenhum. Terror é bom, terror fácil é melhor ainda, terror com um grupo legal, sem preconceitos e experimentando coisa nova e boa: sem erros.

Então pessoal, o que acharam? Interessante? Ruim? Mande-nos seu feedback, ele é muito importante para nós!


Entrevista com Dale Elvy, o criador de EPOCH

Dale Elvy, criador do EPOCH e dono da Imaginary Empire

Dale Elvy, criador do EPOCH e dono da Imaginary Empire

Há quanto tempo você joga RPG? Quais games você joga/jogava mais ou mais gostava? Conte-nos um pouco sobre sua vida gamer.

Eu comecei no RPG na adolescência e jogava diversos jogos, mas o Chamado de Cthulhu foi o que mais me impressionou, tecendo terror e história e contestando a idéia de que a sobrevivência dos personagens era garantida. Alguns anos depois eu comecei a mestrar jogos em convenções locais e me deparei com o desafio de criar uma história excitante e envolvente para um grupo de estranhos, com passados e expectativas totalmente diferentes, e achei isso particularmente divertido e recompensante.

Acho que Rastro de Cthulhu e Esoterrorists são bem legais também. Gosto de jogos de super-heróis e venho acompanhado o Mutantes e Malfeitores desde sua primeira edição, no entanto eu acho que sistemas mais aerodinâmicos como o BASH são mais apropriados ao meu estilo de jogo (focado nos personagens) em aventuras soltas. Eu amo o jeito que o Rogue Trader incorpora tantas idéias legais de ficção científica juntas e explicitamente incorpora motivações gananciosas e exploratórias no mundo do Warhammer 40K.

 

O que você mais gosta em RPGs?

Eu gosto de contar histórias com as pessoas. Quando eu jogo, gosto de explorar uma história através da pele de um personagem, e explorar como a história daquele personagem muda e evolve durante o jogo. No entanto, eu também gosto de mestrar e ter que trazer à vida personagens e lugares que os personagens encontram, e vê-los reagir à isso. Os melhores jogos criam experiências reais e viscerais para os personagens, que aliam humor e realismo e criam um forte senso de memórias compartilhadas, que por ventura acabam por se tornar lembranças de momentos ótimos entre pessoas.

O que você tem jogado no momento?

Eu tenho mestrado uma campanha de Chamado de Cthulhu. Entre sessões da campanha meu grupo joga Rogue Trader, e frequentemente testamos novos cenários de EPOCH. Eu também tento sempre ir em convenções locais para levar o EPOCH e também para mestrar Chamado de Cthulhu e outros cenários de Super-Heróis, mas as vezes me contento em apenas joga o que está disponível (mais recentemente, joguei Apocalypse World).

 

O ministério da saúde adverte: bullying em histórias de terror pode causar a morte.

O ministério da saúde adverte: bullying em histórias de terror pode causar a morte.

Você criou algum outro sistema antes do EPOCH? Se sim, como era?

EPOCH foi o primeiro sistema que criei. Mas eu já escrevi alguns cenários atípicos – um cenário para Chamado de Cthulhu passado na Idade das Trevas chamado “Malevolence” que foi publicado no “Words of Cthulhu #3” e um cenário no Velho Oeste chamado “Sundown” que foi escrito para celebrar o 30o. aniversário do Chamado de Cthulhu. Eu também escrevi um cenário de super-heróis para ICONS situado na Nova Zelândia chamado “The Aotearoa Gambit” junto com o co-autor do ICONS, Morgan Davie e que foi lançado como um projeto de caridade para levantar fundos para o Sismo de Canterbury de 2011.

 

Quais foram suas inspirações para criar EPOCH? Você foi inspirado por algum RPG? Qual?

O EPOCH foi fortemente influenciado por um largo panteão de jogos de horror que apareceram e sumiram com o tempo. Esses gigantes expandiram nossos horizontes do que é possível em um RPG e ajudaram a esculpir um importante trabalho. Jogos como Chamado de Cthulhu, Kult, Rastro de Cthulhu, Fear Itself, Little Fears, Don’t Rest Your Head, Dread, Zombie Cinema, e muitos outros, tiveram todos influências no EPOCH, de uma forma ou de outra. Obviamente, filmes de terror de todos os tipos também foram uma grande influência.

 

Como você reagiu quando foi indicado ano passado para os três primeiros ENies? Isso foi esperado?

Eu fiquei honrado, especialmente pelas indicações de Melhores Regras e Produto do Ano. Foi totalmente inesperado, já que eu não fazia a menor idéia de como o processo funcionava, ou como meu trabalho se equipararia com outros jogos produzidos em 2012. Eu acho que foi o verdadeiro reconhecimento da experiência inovadora que o EPOCH trás aos RPGs, e mostra que mesmo uma editora pequena pode ganhar reconhecimento internacional.

Indicado ao ENnie 2014 de melhor aventura

Indicado ao ENnie 2014 de melhor aventura

E a indicação do “War Stories”?

Eu sabia que o “War Stories” era uma boa coletânea, mas eu não fazia idéia de que os críticos iriam concordar, especialmente quando comparado à outras aventuras lançadas em 2013. Eu fiquei muito satisfeito com a indicação – particularmente pelos autores que contribuíram cenários para a coletânea, de modo que eu acho que isto é um grande reconhecimento para algumas das excelentes e evocativas histórias contidas alí.

 

O que faz o EPOCH diferente de outros jogos de RPG? Por que as pessoas deveriam comprá-lo ao invés de outros sistemas?

O EPOCH explicitamente liga os desfechos esperados do jogo com as mecânicas. É um jogo onde o estilo, o cenário e as mecãnicas colocam os personagens no centro da história, e não importando suas decisões durante o jogo, o resultado é sempre uma história de terror tensa e envolvente.

 

Como jogador, o EPOCH é um jogo intenso. Você começa criando um rascunho de personagem, as vezes se inspirando em arquétipos conhecidos de filmes, e através de uma cena de abertura estruturada e alguns elementos de personagem pré-gerados você desenvolve algumas boas e fortes idéias sobre seu personagem. Mas deste ponto em diante, o personagem evolui de modo que você está tentando se destacar dos demais enquanto interage com eles – tentando ganhar a votação que lhe dará uma carta extra, e mais uma chance de sobreviver. O flashback que você ganha por não ganhar a votação em uma rodada pode ser tão poderosa quanto, já que ele fornece um excelente modo de revelar momentos excitantes do passado de seu personagem. Você também é constantemente tentado com uma decisão difícil – jogar sua carta de Herói/Zero como um Zero e reduzir a chance de sobrevivência de outro personagem ou jogá-la como Herói e ajudar outro personagem enquanto diminui suas próprias chances de sobrevivência? É uma escolha que você logo terá que fazer; e faça-a ser interessante de modo que a chance de sobrevivência de seu personagem aumente. Conforme o jogo se desenvolve, assim faz seu personagem, enquanto você se mantém atento à Trilha de Terror – esperando que, caso seu personagem sobreviva, que ele consiga até mesmo ter um final feliz.

 

Como Mestre, o EPOCH é um jogo que é bem direto-ao-ponto para se mestrar, já que cada cenário funciona como uma estrutura de terror para os personagens ao invés de ser uma história que eles precisam investigar. Isto lhe permite concentrar em adaptar o cenário aos personagens, levando emoção à eles e enfatizando como o terror aflige cada um. A mecânica de desafio e da votação garantem que você não precise decidir quem é atacado, eliminado, quando, ou em traduzir as ações dos personagens em testes e rolamentos mecânicos – todos os personagens ficam frente-a-frente com a eliminação e todos os jogadores narram o impacto que este desafio tem em seus personagens enquanto jogam suas cartas de resultado. Você vota junto com os outros jogadores, e a conclusão de cada rodada de desafio fornece a pausa natural para se preparar para a próxima fase de tensão. Você também monitora e revela a Trilha de Terror, revelando assim o progresso coletivo dos personagens para se derrotar a fonte do terror.

rawr!

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Alguma dica que você gostaria de dar para que os Mestres atinjam a atmosfera proposta pelo EPOCH?

A maioria das dicas que eu dou já estão inclusas no EPOCH, mas para resumir: os Mestres tem que trabalhar em conjunto com seus jogadores para chegar à uma clima tenso, eles devem adicionar o máximo de detalhe e descrições, assim como caracterização, possívels. Assim como também devem não quebrar a imersão durante as Fases de Tensão.

 

Quais são seus escritores favoritos não-relacionados à RPG?

No momento, no topo da minha prateleira estão Joe Abercrombie, Steph Swainston, K. J. Parker, Scott Lynch e China Mieville.

 

Você está trabalhando em algum projeto novo? Pode compartilhar conosco?

Atualmente estou trabalhando em “O Experimento Continua” que será um compêndio do EPOCH que trará conselhos, dicas e opções aos jogadores assim como diversos cenários novos.

 

Sendo um Neozelandês, fica aqui nossa pergunta obrigatória sobre Senhor dos Anéis: você gostou dos filmes? O que espera do “A Batalha dos Cinco Exércitos”?

Eu achei excelentes. Eu tive muita sorte em consegir ir em uma pre-estreia do Duas Torres com um pessoa do Weta que trabalhou nos efeitos especiais, graças a um amigo que trabalha para a companhia e foi incrível. Eu acho que é bem certo dizer que Sir Peter Jackson irá trazer um filme épico e envolvente para completar a trilogia.

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ennies 2013 nominee ennies 2014 nominee

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EPOCH é um jogo de terror focado em personagens. O objetivo dele é promover uma experiência tensa e asustadora em uma única sessão de jogo. Os jogadores de EPOCH são participantes ativos na criação da atmosfera e tem total controle sobre a criação e o destino final de seus personagens.

 

Nota 5/5 e Best Electrum Seller no DriveThruRPG,
Nota 4/5 no RPG.net
Indicado ao ennies de Melhor Livro Eletrônico, Melhores Regras e Produto do Ano!


EPOCH Preview 1 – Conteúdo 1

EPOCH é um jogo de RPG/Storytelling que tem por fim emular filmes de terror através de um engenhoso sistema de regras baseadas em cartas que, por ora lembram jogos de tabuleiro cooperativos, ora lembram um verdadeiro sistema de RPG. Com ele, é possível jogar sua própria versão de Aliens, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo, Jogos Mortais ou até mesmo The Walking Dead. Ou, se preferir, você pode até misturar todos eles num único jogo…

 

 

Nesse primeiro preview estaremos vendo o que vem no livro capítulo-a-capítulo.

No primeiro capítulo “Ossos“, é discutido a natureza do terror e todos os problemas de se impementar terror em um jogo. Nele, o autor dá várias dicas de como fazer os jogadores esquecerem que é apenas um jogo e mergulharem de cabeça na imersão.

 

Já em “Músculos“, o segundo capítulo, é delineada toda a mecânica por detrás do jogo. Como e quando usar as cartas e para que elas servem, o que fazer quando há confrontos entre jogadores e todo o método de criação de personagens e resolução da história.

 

Em “Pele” temos várias dicas de como gerenciar um jogo de terror e o que fazer para que os jogadores entrem no clima. Essas dicas não são uteis apenas para o EPOCH, mas também para outros jogos de terror.

 

A partir daí temos os outros três livros de cenários que acompanham o jogo:

 

Em “Fever Pitch” (ainda sem tradução) temos o verão mais quente já visto. A população está fazendo tudo que pode para suportar o calor, mas as constantes quedas de voltagem que tem interrompido o fornecimento de energia, e uma previsão de alta na temperatura, têm deixado muita gente sem conseguir dormir e à beira de um ataque de nervos. A cidade está como uma verdadeira caixa de pólvora e uma singela fagulha irá iniciar uma reação que desencadeará terríveis eventos.

 

Em “Queima de Estoque” você foi convidade para a grande inauguração do século! Neste Sábado é a inauguração do novo Shopping Apollyon. Você já teve os sinais, agora viva a experiência de fazer compras no século 21. Desfrute do refinado cardápio e da vista maravilhosa do bar e restaurante Pinnacle. Explore a Funland, nosso extensivo playground para crianças que contém um carrossel gigante e uma vasta gama de video games. Ou simplesmente conheça nossas mais de 200 lojas, que estarão oferecendo descontos que você nunca viu na vida. Além disto, um felizardo levará para casa um prêmio enorme em dinheiro. Nem morto você pode perder essa!

 

Sunshine Falls” é a oitava cidade em nossa lista TOP 10 lugares para-se-viver no meio-oeste. Esta comunidade fechada nos trás o velho charme de se viver em uma cidade pequena: uma população amistosa; uma comunidade ativa e com vários eventos; e uma cidade que combina a elegância histórica com todas as conveniências modernas. Sunshine Falls é o tipo de lugar onde seus vizinhos serão seus melhores amigos e você nunca irá querer ir embora.

 

EPOCH é um jogo de terror focado em personagens. O objetivo dele é promover uma experiência tensa e asustadora em uma única sessão de jogo. Os jogadores de EPOCH são participantes ativos na criação da atmosfera e tem total controle sobre a criação e o destino final de seus personagens.